segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Era só um abraço

Eram pouco mais de quatro horas da manhã quando Verônica levantou-se da cama. Tivera quase cinco horas de sono, o que não era comum já que estava acostumada a dormir oito por dia. Mas naquela noite ela mal conseguira dormir. Parecia ter um nó em sua garganta. Sentia-se sozinha, embora estivesse dormindo acompanhada. Durante o tempo em que ficou na cama colocou-se a pensar naquela “solidão”, e entre um cochilo e outro o nó a apertava ainda mais. Vários pensamentos e sentimentos surgiram-lha à mente. O que a fazia se sentir tão só? Sentou-se na sala e pôs-se a observar um ponto fixo na parede. Queria mesmo era se concentrar no que estava sentindo, mas não conseguir se aprofundar. A única coisa que enxergava era a ponta de um iceberg imerso no oceano. Mas por que sentia-se só? Tinha família, amigos, dinheiro e fé. Porém naquele momento não tinha nada. Algumas lágrimas escorreram pelo seu rosto e logo pensou no fato que acontecera na noite anterior. Um abraço que não ganhou. Às vezes ela pedia demonstrações de carinho. Talvez não soubesse pedir. Como não se cobra sentimentos, ficava triste quando isso acontecia. Ainda mais se o pedido fosse negado. Mas ela já estava acostumada, se é que alguém se acostuma com isso.
A semana que estava chegando naquela madrugada seria um marco na vida de Verônica. Iria realizar um sonho. Desses que a gente sonha desde criança. Mas a falta daquele abraço caloroso a fez mergulhar junto ao resto do iceberg. Um esconderijo que só ela sabia o caminho. Um lugar frio, porém era onde se defrontaria com seus verdadeiros sentimentos e repensaria se suas atitudes interferiam nas atitudes dos outros, como a falta daquele abraço.

Um comentário:

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    Rodrigo Z.

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